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Relações na Psicodinâmica dos Afetos

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A decepção dos Afetos

Quando há equilíbrio entre esses elementos, as relações tornam-se saudáveis e estáveis, favorecendo o desenvolvimento emocional dos envolvidos. No entanto, qualquer desequilíbrio pode gerar insegurança, alimentando dinâmicas confusas e padrões de comportamento repetitivos nocivos.

É fundamental reconhecer a importância de cada pilar e buscar o autoconhecimento para romper ciclos prejudiciais, permitindo que novas conexões se formem sobre bases mais sólidas e conscientes. Em relação à relação conjugal, daremos o nome de decepção afetiva da mulher e, neste texto, abordaremos a importância e as influências desse conceito e como essa experiência contribui para a violência e os conflitos na vida humana.

O ambiente emocional estabelecido pelo homem na relação impacta significativamente a postura da mulher. Quando ela percebe segurança, proteção e respeito, sente-se confortável para se abrir. Por outro lado, ao enfrentar instabilidade ou egoísmo, ela adota uma postura defensiva, ativando seus mecanismos de defesa emocional.

Afetos na Perspectiva de Gênero

A neurociência mostra que homens e mulheres se sentem amados de formas distintas.  Enquanto as mulheres experimentam amor por meio de proteção, provisão e palavras de afirmação, os homens sentem-se amados sobretudo através da admiração. Pequenos gestos e reconhecimentos, como elogios e demonstrações de orgulho, têm impacto profundo no vínculo conjugal e familiar.

A Dor Que Não Sara

Quando o homem desconhece e não cumpre este formato de relação, a mulher se decepciona porque ela gerou expectativas na relação com o parceiro e a resposta contraria as expectativas.

Um agravante para ambos, é a mágoa não resolvida na relação com os pais, como ausência, frieza ou abandono, que pode se manifestar repetidamente nos relacionamentos ao longo da vida. Mesmo pessoas que acreditam ter superado as dores do passado tendem a reproduzir comportamentos e padrões emocionais aprendidos na infância, tornando-se vulneráveis a relações tóxicas.

 Nesses casos, o perdão superficial, sem a efetiva compreensão, transforma a dor em veneno, afetando não só o casal, mas também quem está ao redor. A verdadeira superação só é possível pelo esforço consciente, pois as memórias da infância não se apagam, elas se escondem na mente fértil da infância, e o passado não curado retorna de formas disfarçadas nas relações futuras.

Essas dinâmicas silenciosas, muitas vezes invisíveis aos olhos, mostram o poder perturbador das memórias carregadas de sentimento de inferioridade; elas penetram nos gestos diários e nas decisões afetivas. O mesmo princípio se aplica às memórias de proteção e acolhimento, porém com efeito contrário. A maneira como cada pessoa reage a frustrações ou necessidades não atendidas reflete suas experiências passadas e as expectativas formadas ao longo do tempo.

Ao examinar a formação dos vínculos, percebe-se uma delicada interdependência entre desejo e recompensa, mostrando que o equilíbrio emocional depende de reconhecer tanto a própria história quanto a do outro, e de ressignificar antigos padrões. Essa compreensão permite que as relações atuais sejam mais saudáveis e conscientes, livres dos fantasmas do passado e das dores persistentes.

Freud

Freud sugere que quem não vivenciou um toque saudável na infância tende a aceitar qualquer forma de toque ao longo da vida. Desde as primeiras figuras de referência e amor, buscamos constantemente validação em outras pessoas. Nosso estado é de desejar ser dignos da estima alheia, dependendo da validação que recebemos das pessoas ao nosso redor.

Nos preocupamos bastante com a opinião dos outros porque, na fase em que deveríamos ter recebido validação — de figuras de amor como pais – isso não aconteceu. Como consequência, começamos a buscar validação ao longo da vida. Esse ciclo se torna intenso e vicioso, e o afeto dos outros sempre parece insuficiente, o que faz a dor persistir.

Reféns das Memórias

Freud sugere que quem não vivenciou um toque saudável na infância tende a aceitar qualquer forma de toque ao longo da vida. Desde as primeiras figuras de referência e amor, buscamos constantemente validação em outras pessoas. Nosso estado é de desejar ser dignos da estima alheia, dependendo da validação que recebemos das pessoas ao nosso redor.

Nos preocupamos bastante com a opinião dos outros porque, na fase em que deveríamos ter recebido validação — de figuras de amor como pais – isso não aconteceu. Como consequência, começamos a buscar validação ao longo da vida. Esse ciclo se torna intenso e vicioso, e o afeto dos outros sempre parece insuficiente, o que faz a dor persistir.

A Decepção da Mulher

Para as mulheres, as relações conjugais representam um espaço de sonhos e expectativas. Desde a infância, nos ensinam a acreditar que o casamento será um refúgio de amor, respeito e parceria. Contudo, a realidade muitas vezes diverge, podendo gerar decepções profundas e dolorosas.

Em geral as mulheres entram em relacionamentos buscando cumplicidade, apoio mútuo e crescimento conjunto. Elas desejam ser compreendidas, valorizadas e respeitadas em suas individualidades. Uma comunicação aberta e honesta é essencial, assim como a esperança de um ambiente seguro para expressar sentimentos e vulnerabilidades.

Além disso, a mulher frequentemente espera que o parceiro assuma responsabilidades, tanto nas tarefas diárias quanto na criação dos filhos, buscando um equilíbrio que permita que ambos cresçam harmoniosamente na criação da prole.

Expectativas Não Atendidas

A decepção acontece quando esses desejos e necessidades não são atendidos. Relações caracterizadas por desrespeito, ausência de diálogo, negligência emocional ou abuso tornam-se tóxicas. A mulher pode se sentir isolada, desvalorizada e presa em uma dinâmica que prejudica sua autoestima e saúde mental.

Essa frustração não impacta somente a mulher, mas também reverbera em todo o núcleo familiar, especialmente nos filhos.

Impactos Emocionais Nos Filhos

Este mecanismo de comportamento herdado tende a se perpetuar porque crianças que crescem em ambientes conflituosos, onde a relação dos pais é marcada por tensão, brigas constantes ou indiferença, tendem a desenvolver dificuldades emocionais. A insegurança, a ansiedade e a baixa autoestima são comuns nesses casos.

Os filhos aprendem ao observar o comportamento dos pais, e relações disfuncionais podem afetar negativamente sua percepção de amor, confiança e comunicação. Frequentemente, eles reproduzem esses padrões em suas próprias relações futuras, mantendo um ciclo difícil de romper. Portanto, uma criança que cresce em um ambiente inseguro hoje tende a repetir comportamentos dos pais na fase adulta.

Além disso, o estresse contínuo em casa, prejudica o desempenho escolar, as relações sociais e a saúde física das crianças, evidenciando o impacto significativo que uma relação conjugal tóxica pode ter além dos adultos envolvidos.

O Caminho para a recostrução

Reconhecer a decepção e seus efeitos é o primeiro passo para buscar mudanças. Terapias individuais e de casal podem ajudar a resgatar o diálogo e a confiança, enquanto o apoio emocional é fundamental para a recuperação da autoestima da mulher e o bem-estar dos filhos.

Conclusão

A decepção nos relacionamentos conjugais é uma experiência comum para muitas mulheres, mas compreender suas expectativas legítimas e os impactos emocionais é crucial para uma transformação plena. O cuidado com a saúde emocional dos filhos e de si mesma é uma tarefa vital para construir relacionamentos equilibrados no futuro.

Neste contexto, a saúde emocional da mulher é estruturante para a saúde física, mental e biológica dos filhos; no entanto, o homem sempre será requisitado como o responsável por oferecer estabilidade e segurança na relação. Portanto, é crucial que, ao escolher uma parceira, o homem compreenda o compromisso e a responsabilidade na administração constante das dinâmicas do casal.

Dessa forma, podemos assegurar um legado harmonioso nos futuros relacionamentos das crianças de hoje. Somente assim garantiremos relações saudáveis, livres de expectativas frustradas e decepções afetivas.

Não deixe a decepção esmaecer seus dias: PROCURE UM ESPECIALISTA.

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Airton Costa

Bacharel em psicologia -CRP-CE 11/22772


Airton Costa é psicólogo clínico-TCC, escritor hipnólogo.
Com formação na Uniateneu Fortaleza-CE. Amante de
filosofia e de materiais afins, filosofia de vida alinhada à inteligência humana e ao natural.

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